VLOG

O que ocupa sua mente?

Insanidade?

O que mantém sua mente ocupada? O que mais toma o tempo do seu dia? Família? Namorada? Amigos? Trabalho? Hoje não sei o que responder a essa pergunta. Aliás, há um bom tempo me sinto assim, meio vazio ou com uma sensação de que falta algo em minha vida. E não estou falando de amor, de uma companheira ou algo do gênero, disso não sinto falta. Acredito que a maioria das pessoas que chegam ao ponto em que estou pensam da mesma forma, isso falando sobre relacionamentos. Mas digo que me sinto meio vazio por conta das coisas que faço no meu cotidiano.

Uma boa parte do dia e da semana, por consequência, passo trancado em um escritório. Não que me sinta desconfortável por conta disso, foi a profissão que escolhi e não foi ao acaso. Escolhi exatamente por essa razão, ficar longe das pessoas, em teoria. Mas ultimamente estou fisicamente por lá mas a mente está completamente distante, para ser mais exato, não sei onde anda minha mente. Aquele desânimo que me consumia tornou-se outra coisa que ainda não consegui identificar. Talvez seja alguma ausência temporário do meu verdadeiro eu.

Outra coisa que ocupa minha mente, e que me fazia feliz, era o vlog. Filmar era algo que me deixava ligado, que me trazia de volta a realidade, que me satisfazia... Mas hoje, me sinto vazio mesmo quando filmo, até os últimos vídeos sinto um certo "eu" distante de tudo. Não tenho mais a mesma desenvoltura para falar sobre diversos assuntos, sinto-me perdido quando aperto o "rec" e começo a falar coisas que me soam sem sentido. Passei duas semanas para escrever as anotações que comecei a fazer para filmar, levei muito mais tempo do que o necessário e não consegui escrever. Em uma sexta me forcei a fazer as anotações para três vídeos, queria antecipar novamente as coisas e não tive excelentes resultados.

Organizar as prioridades.

Mude de vida.

Minha vida cheia de surpresas totalmente desagradáveis resolve dar uma reviravolta. A parte interessante que foi apenas mental, não tão interessante assim. Acho que foi algo péssimo para acontecer, se bem que há um bom tempo estou assim, mas esse lance de desanimar quando se quer mudar de emprego, não é algo muito bom. Fora que nestas últimas semanas tudo resolveu acontecer quase ao mesmo tempo, as pessoas decidiram que era uma boa hora para revelarem que são piores do que sempre imaginei e a cada dia os processos desandam mais.

Desespero? Já pensei em ter um colapso nervoso e entrar em parafuso mas não escolhemos certas coisas. Acho que meu subconsciente tem alguma proteção que não permite simplesmente bancar o maluco e deixar as coisas acontecerem simplesmente. E quando tento fazer isso, não bem tocando o foda-se mas para tentar fazer as pessoas evoluírem, sou chamado para levar sermão e concluir o trabalho. Interessante.

Sou muito insuportável.

American psycho.

Para que servem as pessoas? Além de muitas serem apenas um tormento, no saldo final, mesmo gostando um pouco delas, para que servem exatamente? Para demonstrarmos não sermos tão sem sentimentos? Que não somos antissociais? Que conseguimos conviver com outros de nossa própria espécie? Ou para parecermos apenas humanos?

Nunca fui fã de grandes multidões, então posso assegurar que nunca gostei de baladas, festas ou qualquer tipo de evento social. Consigo me comportar bem em muitos deles, em alguns não consigo esconder a minha vontade de sumir, e tudo isso por quê? Por causa das pessoas, sim, aquilo que sempre frisei em todas as minhas sessões de terapia, não gosto de pessoas, prefiro evitá-las.

Pessoas são chatas, falam apenas de si, não conseguem ouvir, não conseguem se calar quando deveriam. A grande maioria se encaixa em algum desses argumentos, pode ter certeza. Algumas sabem apenas reclamar de tudo e de todos, pessoas como eu, essas preferem viver isoladas, guardadas em algum canto de uma casa escura, sem barulho, sem vozes ou qualquer outro ruído que possa incomodar. Algumas conseguem apenas reclamar da vida mas sempre fazem questão de estar presente nos eventos sociais, porque reclamar em um blog ou para as paredes, para alguns, não tem a mínima graça ou sentido.

Não brinque com quem não gosta.

Seja a ira...

Ódio, de onde vem esse sentimento tão grandioso e incontrolável? Como é possível perdermos totalmente o controle de nossa consciência e permitir que uma enorme onda de raiva e ira transbordem por todos os poros do corpo? Mil pensamentos ruins passam pela cabeça quando o controle não é mais da razão, quando o ódio torna-se o personagem principal e não apenas um mero coadjuvante, fico com medo das coisas que seria capaz de fazer. Perco a noção do tempo, do que é certo e errado; esqueço completamente o significado da palavra consequência.

Já consegui controlar aquilo que chamam de paixão, amor, mas o ódio ainda não. Talvez ainda seja um dos poucos aspectos emocionais do qual não tenho nenhum controle. Quando fico injuriado tenho até mesmo vontade de matar, acredito que seja normal em todas as pessoas ou pelo menos espero isso. Estava pensando em quando comento que sou movido totalmente pela razão, em alguns aspectos isso é verdade, mas nunca lembro de analisar pelo lado de quando ficamos com raiva de algo ou alguém.

Mude de área.

Gênio indomável.

Como um ser que faz três vezes algo, na sua primeira vez, consegue ficar completamente perdido em sua próxima execução? Não saber tudo é compreensível mas não ter nem ideia de que manual seguir? É algo para ficarmos felizes e com medo de um possível fim do mundo. Aliás, o fim do mundo começou muito cedo onde trabalho, na realidade, acho que começou antes mesmo de eu entrar.

É algo extremamente fascinante escrever sobre minha empresa, é algo muito simples e fácil; exatamente porque nada muda. O escritório muda seu local físico, alguns processos, algumas pessoas mas as coisas continuam as mesmas. Na realidade, estou mentindo, houve mudanças mas infelizmente não do modo como gostaríamos. Diga-se por passagem, aprendi que se algo está ruim realmente existe uma maneira de piorar. Aquele ditado maldito realmente é verídico, qualquer coisa pode piorar e muito.

E de novo, novamente...

E novamente lhes apresento...

Talvez o descontrole emocional não seja algo tão sem sentido. Acredito que cada ser humano tenha um limite e os meus foram superados. Cheguei a hora da reviravolta, a hora das mudanças ou quem sabe das matanças. Posso ouvir diversas coisas, várias delas passam pelo meu subconsciente, são analisadas e jogadas fora, mas infelizmente, algumas delas ficam martelando como água em uma torneira mal fechada. Ah, quem me dera ser como a maioria das pessoas, simplesmente "ignorar" algumas coisas e continuar remando na mesma direção. Mas pensando nesses últimos anos de minha vida, acredito que enquanto alguém rema para frente, existam outros remando para trás fazendo nosso pequeno barco rodopiar em um loop infinito.

Onde está o fundamento?

Hackers.

Problemas precisam ser solucionados em tempo hábil mas nem sempre é possível. Sei que existem casos que levam muito mais tempo porque encontramos outras coisas no meio do caminho. Mas quando se tem a solução nas mãos, o que mais falta? Um dia compreenderei quando pode ser utilizada a frase: "eu entendi".

Pelo meu pouco conhecimento da língua portuguesa, acredito que utilizamos essa frase quando compreendemos algo que nos foi dito/ensinado. Mas é algo realmente incrível quando na explicação você já percebe que a pessoa não está compreendendo nada e quer apenas se livrar de você. Sei que não sou um cara legal mas estava tentando acelerar um processo que devia levar algumas horas e transformou-se em dias. Analisando do ponto de vista que o ser em questão devia conhecer nosso sistema melhor que os demais, acreditamos que fosse possível ele fazer a análise em no máximo dois dias. Esse é o prazo que espero de pessoas que mal conhecem nossa estrutura de banco de dados, o que não é o caso.

Mas você explica, dá toda a solução de bandeja e mesmo assim, quando vai conferir o que foi feito, nota que não foi feito quase nada do que foi explicado. Aí você para, pensa, tenta compreender onde foi que você errou. Sim, sou do tipo que primeiro pensa que eu mesmo errei para depois tentar compreender porque a pessoa errou. Legal é você perceber que não fizeram nada do que você disse e quando comenta que a pessoa não compreendeu, ouve um "eu entendi". Interessante, se entendeu, por que raios fez diferente?

Justificativas para tentar demonstrar que a coisa estava certa, o número de registro bateu então está correto? Ah, falemos um pouco sério, se por coincidência do destino o número bateu e os registros foram ligados incorretamente, ficará assim até o cliente encontrar novamente o mesmo problema? Você que tem um pouco mais de conhecimento que a pessoa em questão, diz que o correto é ligar "x" e "y" e recebe um argumento que não condiz com a atual situação? Interessante é que a estrutura de tabelas do banco de dados antigo é bem diferente do atual e mesmo assim a justificativa foram os números. Gosto muito de justificativas que não justificam nada, que não tem fundamento lógico, tento compreender como arrumam coragem para dar esse tipo de argumento.

Imagino essas pessoas trabalhando com medicina, em alguma força tarefa especial da polícia, vamos agir sem fundamento e ver no que dá. Imaginem quantas vidas seriam perdidas por causa do verbo "achar", porque achar que dará certo, na nossa área, é realmente algo válido. Mais interessante é perceber que depois de mais de uma semana, ainda não compreendeu o real problema ou não consegue explicar exatamente para outros. Mas como é possível não saber explicar qual o problema e conseguir resolvê-lo? Sinceramente, no meu mundo lógico, isso não existe.

E se me perder?

Antes que termine o dia.

Despertei e não te vi ao meu lado, acredito que tenha ido trabalhar já que comentou que havia diversas coisas importantes para resolver. Caminhei até a cozinha para fazer um café, encontro o café pronto, quentinho, é você não saiu com tanta pressa. Peguei um gole, sentei para ler o jornal, dei uma passada rápida pelas notícias e não vejo nada de interessante. Termino meu café e saio para minha caminhada matinal mas acho que não seria necessário depois do esforço físico que fizemos na noite passada.

Cheguei ao parque, praticamente vazio, será um bom dia para caminhar, não terei distrações com as senhoras da terceira idade querendo conversar. Caminho uns cinco quilômetros e decido acelerar o passo para quase uma corrida, apenas mais dois. Sento um pouco para respirar, começo a ver pequenos flashes da nossa noite, das nossas conversas.

Criatividade: zero.

O dia em que a Terra parou.

Mais um dia de preguiça. Aliás, será que foi preguiça ou falta de vontade? Ainda não sei ao certo, despertei cedo, voltei a dormir mas acordei novamente antes do despertador. Fiquei pensando no que fazer durante dez minutos, nem mesmo tive vontade de levantar para urinar, odeio esse verbo. Decidi ir ao banheiro, também odeio essa palavra, urinei e voltei para a cama. Liguei a tevê, procurei algo para assistir mas não tinha vontade de ver nada. Naveguei por toda programação da NET igual a maioria dos homens, sabe aquele jeito idiota de mudar de canal, um atrás do outro como se desse tempo para ver o que está passando. Parei em algum filme, não me lembro nem mesmo que filme era tamanha minha vontade de assistí-lo.

Fiquei pensando na vida, nas coisas que gostaria de fazer, nas que tenho pra fazer e mais um monte que preciso mudar. Não consegui chegar a nenhuma conclusão, não tomei nenhuma decisão e continuo me martirizando por conta disso. Tenho me sentido um fracasso, talvez tudo que não deu certo até agora me fez chegar neste ponto. Sei que não devo desistir, não de tudo, mas em diversos momentos tenho vontade de jogar tudo pro alto que começar do zero. Não acredito que seja o tempo certo pra isso, não acredito que isso mudará minha vida da forma como espero mas continuar do mesmo jeito só me traz a sensação que o fim é um só.

Acordar para viver.

Desânimo.

Quando o desânimo arrebata com todo seu furor é necessária muita força de vontade para não se deixar abater. A cada "crise" fica mais complexo não deixar que tudo seja tomado de forma cruel e quase sem volta. Talvez seja hora de rever diversos conceitos, materializar todas as mudanças planejadas, ir para batalha novamente, mas é difícil lutar contra essa força que te puxa para baixo como se quisesse te levar para o inferno.

Falta foco, vontade, força, coragem, entre outros para me tirar desse marasmo mas ainda não cheguei ao fundo do poço. Ainda não me preocupo tanto com essas coisas que acontecem, será que deveria? Ontem mesmo, conversando com minha cunhada, comentei sobre esse desânimo e ela disse que deveria me preocupar. Sei que depressão é algo real mas não acredito que isso possa me abater neste momento. Talvez até mesmo a depressão fuja de minha pessoa perturbada.

Desculpas e mais desculpas.

O mentiroso.

"Para toda tarefa atrasada, mil desculpas serão dadas para justificar aquilo que não deveria demorar".

Inicio esse post lamentando por não ter escrito um post no domingo, por ter faltado com vocês, por ter arrumado o quarto e fodido meus tendões ao invés de escrever um pequeno texto, como já tornou-se sagrado todos os dias. Em minha defesa apenas digo que era de extrema urgência limpar este quarto e pregar novamente a prateleira que sustentava minha tevê e meu monitor. Que era de tamanha importância poder respirar um ar límpido novamente e que... Ah, foda-se!

A vida é feita de desculpas? De pequenas histórias, algumas verdadeiras, outras parecendo contos de fadas... Penso na possibilidade disso acontecer todos os dias e em todos os momentos que algo é cobrado. Novamente, como diria o sábio House: "Everybody lies"; e não é que essa filosofia realmente funciona? Quem nunca mentiu? Quem nunca deu uma desculpa esfarrapada para uma falta idiota ou para o prazo vencido na entrega de alguma tarefa? Pelo menos não estamos mais na era do "Estou sobrecarregado".

O que você vê?

Acredito no que vejo.

Você acredita nas coisas que as pessoas dizem? Quero dizer, se alguém lhe diz que fez determinada coisa e mesmo assim não obteve o resultados esperado, você não iria conferir se tudo foi feito corretamente?

Isso é o mínimo que espero das pessoas que convivem comigo, acredito que seria mais simples esperar um milagre. Não, não acredito em Papai Noel, duendes, fadas e muito menos em Deus mas ainda tento colocar um pouco de confiança naqueles que fazem parte da equipe técnica. Por mais incrível que possa parecer, espero que o básico tenha sido absorvido por essas criaturas maravilhosas que nos cercam. São criaturas realmente divinas, espetaculares e que demonstram possuir um mínimo de inteligência; está bem, essa última parte ainda não foi confirmada por estudos recentes.