VLOG

Injúria mode on

Quando vai terminar?Chego em casa, nada para comer, só para variar, coisa normal, coisas do cotidiano. Não ligo, não estou com fome, estou tão injuriado que minha fome é praticamente nula. Vejo meu irmão, ele se propõe a abrirmos a bateria e darmos um trato nela para ver se volta a funcionar normalmente. Tirei o banco para verificar, deixa para lá, a maldita é lacrada.
Saindo do escritório, monto na moto, já sem esperanças de que ela ligará, no entanto tive uma surpresa, ela ligou novamente. Muito estranho, fiquei com medo novamente.
Puxando backups de uma empresa para averiguar quando sumiram as notas fiscais das quais não sei os números. Farei milagre? Quem sabe. Talvez um dia eu consiga chegar nesse nível.
Brigo para saber o porque de algo que deveria levar 5 minutos, não foi feito durante o dia todo. Surpresa, não estou fazendo nada certo hoje, que estranho, totalmente estranho. Está drogado? Louco? Esqueceu tudo que aprendeu ou eu que não ensinei nada?
Voltando do almoço, alvoroço, uma pequena explosão, o ônibus ficou sem ar condicionado, vejo uma pessoa pulando da moto e outras correndo, com medo, desesperadas, tentando sair do ônibus. Risadas, gargalhadas dentro do carro, todos rimos da desgraça alheia, mas provavelmente a cena foi cômica pois nós estávamos do lado de fora, sabíamos o que havia sido aquela pequena explosão.
Almoço longo, demorado mesmo, conversas sem rumo, desconexas. Assunto? Não sei ao certo, talvez problemas empresariais. Quatro sócios, uma empresa e um milhão de problemas. Faz parte, talvez, quem sabe? Comemos, bebemos, brindamos com um ar praticamente sem graça da vida que praticamente não existe.Bebo coca-cola, peço um copo só com gelo mas insistem em me entregar um com gelo e limão. Será que se eu fazer cara de mal antes de pedir trarão corretamente? Pelo menos a água com gás veio certa, só gelo, nada mais.
Dor de cabeça, irritação, injuria, falta de vontade de trabalhar, talvez o calor em excesso seja o maior vilão ou a falta de um ar condicionado que resolva o problema. Penso em tomar um remédio para dor de cabeça, desisto, meu estômago pede para não fazer isso. Resolvo ingerir café, talvez me deixe mais animado, pelo contrário, fiquei com mais calor e com mais ódio. Meu semblante não diz muita coisa, mas estou sentindo muita raiva.
Novamente explicando sobre uma modificação no sistema, pela terceira vez, para a mesma pessoa, talvez a segunda vez. Não compreendo, havia explicado, ele havia entendido. Me pergunto o que ele entendeu. Primeiro dia, explicação, segundo dia, imagino que tenha resolvido junto ao cliente, terceiro dia, vejo novamente pessoas perguntando sobre a mesma coisa, comentei que resolveram, na realidade, nada havia sido resolvido. Quarto dia, novamente pego pessoas olhando o mesmo manual, comento que isso já fora explicado, mas no entanto, descubro que o cliente persiste com o problema porque ninguém soube como funciona de fato o negócio, isso porque expliquei direitinho em que o negócio se baseava. Pego novamente o moleque, explicarei novamente, mas dessa vez não serei muito bonzinho, provavelmente. Pergunto, recebo uma resposta que mais parece uma explicação do porque ele não entendeu, insisto na pergunta e complemente que estou perguntando tal coisa e quero resolver para essa coisa. É, ninguém nunca compreenderá ou seguirá o lance que canso de repetir sobre responder apenas o que foi perguntando. Deixa pra lá.
Chego muito bem humorado no prédio, pego o elevador com duas senhoras, achei que ia perder a calma naquela instante, no entanto, até brinquei com as duas. Até mesmo apertei o botão para uma delas. Me despedi e fui para o meu andar. Saí do elevador, já senti o primeiro sinal de que ficaria injuriado. Bipolaridade? Realmente pareceu, de uma outra para outra, minha cabeça e todo sentimento de alegria que existia, sumiram. Ódio, talvez porque lembrei de tudo que aconteceu no dia anterior, mais ódio. Coloca meu capacete e minha mochila no mesmo lugar de sempre, passo para sentar em minha cadeira, faço alguma comentário com alguém, mas praticamente não consigo sorrir expontâneamente. Sensação de vazio, vontade de voltar para o elevador, talvez para a minha cama, mesmo sem sono. Converso algo sobre minha moto e tento trabalhar.
Sento em minha moto, ela novamente está com a bateria descarregada, fico puto da vida. Tenho medo e pena, mas acabo empurrando-a para pegar a ladeira, engato a terceira, tranco. Vontade de morrer, de chorar, de gritar, a moto liga, acelero como se fosse a primeira vez na vida. Engato a primeira a saio que nem um louco em direção ao trabalho. Estou muito atrasado, propositalmente, essa é a parte que me preocupa, se tivesse me esforçado um pouco mais, teria levantado mais cedo. Cheguei no escritório depois de um pequeno trânsito que me deixou muito, mas muito puto.
Sete da manhã, o rádio relógio toca desesperadamente tentando me acordar. Não ouço, quando abro os olhos são 7:10h, levanto, desligo o rádio relógio, penso em dormir novamente, estava muito cansado, não dormi bem por causa do calor exagerado da noite anterior. Coloco o rádio relógio para tocar novamente as 7:40h, pensei em chegar atrasado mesmo. Acordei novamente as 7:40h, ainda exausto, coloco agora para às 8:20h. Antes dele tocar novamente, me levanto, acendo um cigarro, desligo o rádio relógio, abro a porta do quarto, desço as escadas e vou tomar banho.

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